quinta-feira, abril 28, 2005

CONTINGÊNCIAS

CONTINGÊNCIA 1

Mesmo que chova lá fora
e ande rondando a quimera
podes crer qu'a essa hora
será sempre primavera !!!!!


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CONTINGÊNCIA 2

A pé limpo passo o riacho
que dá para a outra margem
e apesar do cambalacho
singro adiante na viagem !


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CONTINGÊNCIA 3

Vou seguindo ao desatino
não receio vendaval
sou filho do meu destino
que cresceu ao natural !


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CONTINGÊNCIA 4

Este mundo é dos tiranos
lamentável realidade
passam dias, passam anos,
não se vê alternidade !


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CONTINGÊNCIA 5

Quem é rico não tem paz,
quem é pobre também não,
pelos vistos tanto faz:
pobre ou rico, eis a questão !


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CONTINGÊNCIA 6

Ah, quem me dera crescer,
diz a rosa com seu 'spinho
o meu perfume vender
e transformar-m' em carinho !


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CONTINGÊNCIA 7

Semana de sete dias
vai rodando em nossa mente
vive o corpo em arrelias
neste mundo eternamente !


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CONTINGÊNCIA 8

Diz o crente, Deus é Pai,
e nós todos os Seus filhos
mas aos poucos vendo vai
que ninguém segue Seus trilhos !


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CONTINGÊNCIA 9

O mundo nasceu do mal,
em contraste com o bem,
enquanto este é virtual
o mal toda a gente tem !


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CONTINGÊNCIA 10

O dinheiro é o rei da terra
da terra da perdição,
por dinheiro se faz guerra
e co' a guerra não há pão !


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Frassino Machado
In OS FILHOS DA ESPERANÇA

DIGNIDADE MERECIDA

Se és ou não digna dos meus poemas
e se a tua amizade já me é grata
e entre todas aquela mais sensata
pois ficarei feliz em meus dilemas.

No mundo há belas flores e belos temas
tu própria és monumento de ouro e prata
tua amizade em mim mais se dilata
em busca de imagens e fonemas.

Vem, minha amiga, sempre que puderes
contar-me os teus sentires e afazeres
com aquele tom sensível de emoção...

Ficarei sempre mais enriquecido
mesmo que pense não o haver merecido
e ser pr'a ti pequeno meu quinhão !


Frassino Machado
In OS FILHOS DA ESPERANÇA

O DIA MUNDIAL DO POETA

Cada minuto, cada hora, cada dia
são sempre para mim muito diversos
mas sempre iguais na arte dos meus versos
pedaços de meu corpo em traços de energia...

Cada hora, cada dia e cada semana
trespassam no meu ser os sentimentos
qual tela de pintor seus regimentos
pintando um universo em forma d’alma humana.

Cada dia, cada semana e cada mês
é sempre tempo de escrever poemas,
fazendo sol, ou chuva, frio ou calor...

Cada vida a sofrer e amar talvez
para escrever poesia há sempre muitos temas
e em cada um deles mora algum valor !



Frassino Machado
In RUDIMENTOS

domingo, abril 17, 2005

OS LAUREADOS DO OLIMPO - «O JOGRAL DE DEUS»


SÃO FRANCISCO DE ASSIS
"O JOGRAL DE DEUS"

São Francisco de Assis nasceu na cidade de Assis, na Itália, em 1181.
Filho de um rico comerciante de tecidos, Francisco Bernardone, nome de baptismo, tentou tirar todos os proveitos de sua condição social vivendo entre os amigos boémios. Experimentou seguir, como o pai, a carreira de comerciante, mas a tentativa foi em vão.
Sonhou então, com as honras militares. Aos vinte anos, alistou-se no exército de Gualtieri de Brienne que combatia pelo Papa, mas em Espoleto teve um sonho revelador. Foi convidado a trabalhar para "o Patrão e não para o servo". Suas revelações não parariam por aí. Em Assis, com grande empenho dedicou-se ao serviço dos doentes e dos pobres.
Um dia do Outono de 1205, enquanto rezava na igrejinha de São Damião, ouviu a imagem de Cristo dizer-lhe : "Francisco, restaura a minha casa em ruínas". O chamamento ainda pouco claro para Francisco foi tomado no sentido literal. Para isso, vendeu as mercadorias da loja do pai para restaurar a igrejinha. Como resultado, o pai de Francisco, indignado com o facto, deserdou-o. Com a renúncia definitiva aos bens materiais paternos, Francisco deu início à sua vida religiosa, "unindo-se à Irmã Pobreza". Fundou a Ordem dos Frades Menores, que em poucos anos se transformou numa das maiores da Cristandade. Fundou, com Clara de Assis, o ramo feminino da mesma Ordem. Para os leigos que viviam no mundo, mas desejavam ser fiéis ao espírito de pobreza e participar das graças e privilégios da espiritualidade franciscana, fundou a Ordem Terceira. A sua devoção a Deus não se resumiria em sacrifícios, mas também em dores e chagas. Enquanto pregava no Monte Alverne, nos Apeninos, em 1224, apareceram-lhe no corpo as cinco chagas de Cristo – fenómeno denominado "estigmatização". Os estigmas não só lhe apareceram no corpo, como foram a sua grande fonte de fraqueza física e, dois anos após o fenómeno, Francisco foi chamado ao Reino dos Céus. Morreu com fama de Santo, em 1226 .
O amor de Francisco tem um sentido profundamente universalista. Ninguém como ele se irmanou tanto com todo o Universo: foi irmão do sol, da água, das estrelas, das aves e dos animais. O "Cântico ao Sol", em que proclama seu amor a tudo o que existe, é uma das mais lindas páginas da poesia cristã. Canonizado em 1228 por Gregório IX, sua festa é celebrada a 4 de Outubro. Há poucos anos, por consenso e aclamação, foi proclamado pela Organização das

Nações Unidas / O.N.U. como «Patrono da Natureza e dos Direitos Ecológicos e Animais» .

CÂNTICO DO IRMÃO SOL
OU DAS CRIATURAS

Altíssimo, omnipotente, bom Senhor,

Teus são o louvor, a glória, a honra e toda a bênção.
Só a ti Altíssimo, são devidos;

e homem algum é digno de Te mencionar.

Louvado sejas, meu Senhor,

com todas as tuas criaturas,
especialmente o Senhor irmão Sol,
que clareia o dia e com sua luz nos alumia.

E ele é belo e radiante com grande esplendor.
De ti, Altíssimo, é a imagem.

Louvado sejas, meu Senhor,

pela irmã Lua e as Estrelas,
que no céu formaste
claras e preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor,

pelo irmão Vento, pelo ar,
ou nublado ou sereno, e todo o tempo,
pelo qual às tuas criaturas dás sustento.

Louvado sejas, meu Senhor

pela irmã Água, que é mui útil e humilde
e preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor,

pelo irmão Fogo. Pelo qual iluminas a noite.
E ele é belo e jucundo e vigoroso e forte.

Louvado sejas, meu Senhor,

por nossa irmã a mãe Terra,
que nos sustenta e governa,
e produz frutos diversos
e coloridas flores e ervas.

Louvado sejas, meu Senhor,

pelos que perdoam por teu amor,
e suportam enfermidades e tribulações.

Bem aventurados os que sustentam a Paz,
que por ti, Altíssimo, serão coroados.

Louvado sejas, meu Senhor,

por nossa irmã a Morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar conformes
à Tua santíssima vontade,
porque a morte segunda não lhes fará mal!

Louvai e bendizei ao meu Senhor,

e dai-lhe graças, e servi-o com grande humildade.

Louvado sejas para sempre,
ó meu Senhor !


São Francisco de Assis

segunda-feira, abril 11, 2005

DOCE MANÁ

Nestes horizontes de secura
nestes caminhos desolados
nestes meus passos fatigados
sem estética nem frescura,

Nesta minha intensa procura
por entre sonhos desligados
cada vez mais inebriados
em emocionante aventura...

És tu, minha diva princesa,
minha única luz acesa,
meu doce néctar e maná ...

Por ti respiro, sonho e vivo,
pois que só tu me tens cativo,
minha alv’estrela da manhã !

Frassino Machado
In CORAÇÕES ANSIOSOS

AMORES DISPERSOS - I / II

AMORES DISPERSOS - I


Os dedos de minhas mãos
s' encaminham para ti
muito unidos qual irmãos
procurando o céu que vi.

Meu coração conquistou
um daqueles sonhos vãos
qu' o fiel órgão sustentou
nos dedos das minhas mãos.

P' los ecos da catedral
minha força ressenti
agros sons um pouco mal
s' encaminham para ti.

Esta imagem da saudade
que me trouxe os frios nãos
fizeram-nos pôr de verdade
muito unidos qual irmãos.

A formosa Ave Maria
no meu rosto já sorri
santificou este meu dia
procurando o céu que vi !



AMORES DISPERSOS - II



A escola e os alunos que me deram
mudaram minha vida por inteiro
e tudo o q' eu sonhei está primeiro
do qu’ as peripécias vãs o supuseram.

As lições eu preparo sempre ordeiro
pelos compêndios reles que trouxeram
e até aqueles programas que ficaram
s' aproveitam talvez no travesseiro...

A falsa e triste escola tem passado
ao lado dos alunos descontentes
sem qu' estes do saber não tirem nada.

Os mestres já 'stão fartos por seu lado
qu' a terra é preparada sem sementes
e sem sementes esta é desgraçada !


Frassino Machado
In RUDIMENTOS

terça-feira, abril 05, 2005

A POMBA DA PAZ

2 DE ABRIL : « A ÚLTIMA VIAGEM PONTIFÍCIA »


A POMBA DA PAZ


Neste mundo de egoismos foi charneira
entre a matéria vã e o sentimento
onde a virtude busca o condimento
e o terreno propício à sementeira.

Foi homem bom com alma hospitaleira,
guardando nela até o sofrimento
e a fé que ao mundo deu de alimento,
com sorriso feliz a vida inteira.

Nos factos e tragédias sem esperança
foi sempre aquele espírito em bonança
pomba da paz com ramo de oliveira...

Seu nome, todos sabem, correu mundo,
foi nosso Papa João Paulo Segundo,
d' almas eleitas a mais verdadeira !


Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA

OS LAUREADOS DO OLIMPO - SAFO


A DIVA SAFO

( Meados do Séc. VI a. C. - 3º Decénio do Séc. V a. C. )

Não são muitas as mulheres gregas que se incorporam no mundo da cultura. A poetisa grega Safo pertencia a uma nobre família à qual faz referência nos seus versos, da mesma maneira que se refere aos seus três irmãos e uma filha chamada Cleís. Da ilha de Lesbos partiu para o exílio, possivelmente por motivos políticos, instalando-se na Sicília durante algum tempo. No seu regresso à sua cidade natal organizou um grupo para prestar culto a Afrodite donde muito se desenvolveu a música e a poesia. Suas obras estão cheias de sentimento amoroso ainda que por desgraça só conservamos uma ode completa e alguns fragmentos donde se encontra em destaque a sua atracção pelo luxo e pela beleza. O seu estilo é sensual e claro, sem abandonar o intimismo e a emotividade.


A AMADA


Ventura, que iguala aos deuses,
em meu conceito, desfruta
quem, junto de ti sentada,
as doces falas te escuta,
goza teu mágico sorrir.

Quando imagino em tal gosto
é minha alma um labirinto;
expira-me a voz nos lábios;
nas veias um fogo sinto;
sinto os ouvidos zunir.

Gelado suor me inunda;
o corpo se me arrepia;
foge-me as cores do rosto,
como ao vir da quadra fria
entra a folha a desmaiar.

Respiro a custo, e já cuido
que se esvai a doce vida!
Arrisquemo-nos a tudo...
contra uma angústia insofrida

tudo se deve tentar.


( Safice , I - IV )

segunda-feira, abril 04, 2005

AMOR DE CINCO ESTRELAS

Tu és a mais bela flor
entre as flores mais singelas
rimas sempre com amor
meu amor de cinco estrelas !

Esta vida tem seus fados,
qual d'entre eles o maior,
em frescos jardins plantados
tu és a mais bela flor.

Todas as flores têm espinhos
mas não deixam de ser belas
tu apenas tens carinhos
entre as flores mais singelas.

As estrelas no universo
rimam com todo o fulgor
tu, porém, em cada verso
rimas sempre com amor...

Prefiro as noites de Verão
com astros de sentinelas
tu és da noite a emoção
meu amor de cinco estrelas !



Frassino Machado
In CORAÇÕES ANSIOSOS

ALEGRIA DO POVO

Dizia alguém, com sotaque nortenho,
'o Minho é o Portugal vivo' !


SÃO MARTINHO VINHO NOVO
COM CASTANHAS OU SEM ELAS
SÃO A ALEGRIA DO POVO
QUE AMA AS FESTAS E AS PIELAS !

Lá do norte o verde Minho
tão verdinho como um ovo
castanhas boas e vinho
São Martinho vinho novo.

Dançarinos, dançarinas,
postas de lado as panelas,
tiram sons das concertinas
com castanhas ou sem elas.

Ai os ranchos, ai as rodas,
tudo dança, velho ou novo,
com aquelas lindas modas
são a alegria do povo.

O Outono sorriu sozinho
São Martinho até viu ‘strelas
não há povo com' o do Minho
que ama as festas e as pielas !


Frassino Machado
In RUDIMENTOS

AO CORRER DAS PENAS

Neste revolto mar de penas enrolado
espuma branca, voz feitiço, desenvolta,
cada minuto e hora e cada passo dado
sem fundo à vista e horizonte, margem solta.

Preocupações e sonhos meus já desvendados
as mesmas brumas, sensações e sementeiras,
terras estéreis, fartas leivas desventradas,
amargos frutos, mal colhidos, triturados
vidas humanas sempre gastas de mil maneiras.

Penas e penas gastas, penas misturadas,
penas, tristezas, minha pena entristecida ...

Angústias minhas que não sinto em minha vida
por estas penas fartas estarem de saída
e não poderem mais voltar, só resgatadas !


Frassino Machado
in RUDIMENTOS

OS LAUREADOS DO OLIMPO - PÍNDARO


(Cinoscéfalos, actual Grécia, 518 a. C. - 438 a.C.)


Poeta lírico grego. Da sua extensa produção conservam-se 45 odes triunfais, divididas em quatro livros (Olímpicas, Píticas, Nemeias e Ístmicas), que constituem uma das melhores mostras de lírica coral grega. Foi um dos poetas gregos mais famosos, como o demonstra o interesse que já na Antiguidade tardia despertou a sua figura, sendo objecto de seis das Vidas que escreveu Plutarco, nas quais as datas credíveis se misturam com significativas lendas, como a que conta que, sendo menino, as abelhas banhavam os seus lábios no mel enquanto sonhava. Parece certo que pertencia a uma família da aristocracia tebana e que estudou em Atenas, onde se formou musicalmente, ao mesmo tempo em que estava surgindo o lirismo coral e o ditirâmbico. Os seus modelos literários foram sobretudo Homero e Hesíodo, ainda que na sua poesia influenciaram também poetas locais, como as poetisas Myrtis e Corina. Fiel às suas origens aristocráticas, manteve-se ao lado de Tebas durante as Guerras Pérsicas, e a sua estreita relação com Egino, líder tebano conservador a quem dedicou onze odes, Jogos panhelénicos. O seu estilo grave e solene, de largas frases que violentam a sintaxe e as que predominam nos substantivos, com um léxico grandiloquente herdado da tradição épica, foi admirado pelos seus conterrâneos, pelo que se converteu a partir de então num modelo preceptivo do lirismo coral, ao mesmo tempo que favoreceu passo para o drama. Na Modernidade. A sua obra despertou o interesse dos autores românticos, seduzidos pela sublimidade dos seus versos e dos indultos das suas imagens.

Para

Hieron de Siracusa (a III Pítica)


Eu queria que o filho de Filira, Quíron,
se é preciso através de nossa língua
fazer uma prece comum,
vivesse, ele que já partiu,
o poderoso filho de Crono, filho de Urano;
e que reinasse ainda nos vales do Pélion,
selvagem centauro
amigo dos homens pelo pensamento.
Foi ele que outrora criou
o artesão que acalma a dor,
o doce Asclépio, o que fortifica,
o herói que cura todas as doenças.

[ Pi.P. 3.1-13 ]


Para
Theron de Acragás (a II Olímpica)


Sempre em noites iguais,
em dias iguais com sol,
isenta de penas,
os bons recebem a vida e a terra,
não revolvem com a força de seus braços,
nem a água do mar,
ao longo de uma vida vazia;
pelo contrário,
junto dos que são caros aos deuses,
aqueles que se regozijaram
com a fidelidade aos juramentos
passam uma vida sem lágrimas.
Os outros padecem uma provação
que o olhar não suporta.

[ Pi.O. 2.109-122 ] .


sexta-feira, abril 01, 2005

ACERTAR AGULHAS

Acertar as agulhas diz o povo,
depois de surgir moiro pela costa,
e vendo n’ horizonte nova aposta
jamais deixa de crer num sonho novo...

Ficar-se no caminho vira estorvo
e o combate enobrece a quem arrosta
o conquistar alguém de quem se gosta
sentindo o coração feliz renovo...

Para acertar agulhas não há idade
e muito menos haverá temperança
na alma em que o fiel é probidade.

Por isso há que lutar e ter esperança
que a seguir à severa tempestade
tem-se por certo tempos de bonança!



Frassino Machado
In OS FILHOS DA ESPERANÇA

AMÉRICA, AMÉRICA !

América, América, América já,
não pode ficar pior do que está.

Menino na escola já tem seu destaque
quando ele for grande irá p’ró Iraque.

Não sei onde é, eu hei-de estudar,
só sei que os mísseis irão lá chegar...

Não quero qu’ estraguem o meu ganha-pão
o gazóil barato p’ ra um grande carrão.

Sou preto, sou branco, a cor não importa,
não quero é os impostos qu’ a gente suporta.

As torres em baixo são nossa emoção,
não queremos qu’ o mal não tenha perdão.

América é grande, ela é nosso preito,
o mundo lhe deve todo o seu respeito.

Menina não quer ter filho enjeitado
com este patrão ‘stá o caldo entornado.

Se é gay ou não é, tanto se me dá,
antes tradição do que coisa má.

Ciência e saúde não há aí fartura,
quem me dera uns cobres e alguma ternura.

Remédios não temos, o preço é sevícia,
só dá para os ricos que tenham perícia.

América, América, de noite é só vê-las
colhidas a dedo p’ ra guerra d’ estrelas.

Estrelas no palco, está mesmo a calhar,
quem lá representa pode vir a mandar.

América um dia, diz lá s’ é verdade,
não dá p’ ra justiça nem p’ ra Liberdade !


Frassino Machado
In AS MINHAS ANDANÇAS